quinta-feira, 25 de novembro de 2010

meio ambiente , pedido de socorro

Ouçam meu grito de socorro,
Precisam me salvar!
Garanto à vossa existência,
Nem estão comigo a se preocupar.
É meu alerta de desespero,
Estou na UTI passando mal.
Sintomas que me angustiam,
Pelo aquecimento global.
Enchentes, estiagens, desertos,
Ciclones, tornados e furacões.
Geleiras derretendo, mar enchendo,
Deslizamentos, terremotos e vulcões.
Retiraram todos os nutrientes,
Sustentação da minha vida.
Forçando plantas prematuras,
Pelo capitalismo prostituída.
Despiram-me das florestas,
A pele queimada e rasgada.
Veias de águas cristalinas,
Poluídas e envenenadas.
Alteraram meu ciclo natural,
Pelo transgênico estuprada.
Eu que lhes concedi a vida!
Por meus filhos, assassinada.
Destruíram a camada de ozônio,
Fazem aterros recuando o mar.
Perfurando o lençol freático,
Túneis subterrâneos, poluem o ar.
Barreira nos leitos dos rios,
Modificando as paisagens.
Os animais sem o habitat,
Insetos, répteis e aves.
Estiagens decorrem da sede,
Por estar na ânsia da morte.
Tremores da fraqueza que sinto,
Sugaram-me Leste, Oeste, Sul ao Norte.
Cheias das lágrimas derramadas,
Maltratada tenho chorado.
Vulcões à temperatura da febre,
Vulnerável a doenças, fragilizado.
Tornados e furações, o sufoco,
Respirando sem os pulmões.
Geleiras escorrem igual suor,
Asfixia reflete nas transpirações.
Desertos, cicatrizes da destruição,
Vossa ganância tem deixado.
Deslizamentos, agressões sofridas,
Por meu corpo ser mutilado.
Egoístas! Ignoram a generosidade
Tornaram-me propriedade privada.
Na disputa da minha vida,
Nações inteiras assassinadas.
Não escolhi os privilegiados,
Nem algo em troca exigido.
O preço será minha morte.
Você humano por ti será extinguido.

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